As propriedades funcionais das proteínas são definidas
propriedades físico-químicas que afetam o seu comportamento no alimento durante
o preparo, processamento e armazenamento, e contribuem para a qualidade e atributos
sensoriais dos alimentos.
Suas propriedades funcionais podem ser classificadas em
hidrofílicas, afinidade com a água; interfásicas, capacidade das moléculas de
proteína se unir formando uma película entre duas fases imiscíveis;
intermoleculares, capacidade de formarem ligações entre si ou com outros
componentes dos alimentos; reológicas, dependem de características físicas e
químicas específicas das proteínas; e organolépticas, manifestam-se através dos
órgãos dos sentidos, referindo-se a textura, cor, sabor e aroma.
·
Fatores como
temperatura, PH, processos de obtenção e isolamento de proteínas, entre outros,
podem afetar essas propriedades funcionais.
Propriedades
Hidrofílicas:
As proteínas são julgadas quanto à solubilidade em
hidrofílicas, considerando a água como seu solvente. Como as amostras podem ser
sólidas, pode-se fazer uma série de procedimentos para que haja a separação
entre fração solúvel e insolúvel. Assim, sua solubilidade será determinada pela
quantidade de nitrogênio na fração solúvel e calculando-se o índice de
solubilidade do nitrogênio, também chamado de ISN.
O grau de hidratação se diferencia de retenção de água.
Este está relacionado com a quantidade de água que a proteína ou alimento
protéico acumula, após uma série de procedimentos testes. Já a retenção de
água, se baseia na medição da água retirada da proteína ou alimento protéico,
após determinados procedimentos. Tendo em vista que em tecidos musculares,
podemos encontrar água livre e água ligada.
Propriedades
Interfásicas:
Emulsão é um sistema heterogêneo que consiste em um
líquido imiscível, completamente difuso em outro na forma de gotículas com
diâmetro superior a 0,1 micron. As emulsões são classificadas como emulsão do
tipo óleo em água e emulsão do tipo água em óleo. Na primeira, as gotículas de
óleo estão dispersas na fase aquosa, como por exemplo, na maionese, leite,
emulsões cárneas e sopas. Na emulsão do tipo água em óleo, as gotículas de água
estão dispersas na fase oleosa, como por exemplo, na manteiga e margarina.
Para que uma emulsão se torne estável, é necessário um
agente emulsificante. Este é definido como qualquer
substância capaz de ajudar a formação de uma mistura estável de duas
substâncias anteriormente imiscíveis, como por exemplo, óleo e água. As proteínas
podem atuar como emulsificantes iônicos naturais. Por serem moléculas
ampifílicas, as proteínas migram espontaneamente para a interface da emulsão do
tipo óleo em água. A caseína do leite é a proteína mais utilizada como
emulsificante.
Nas propriedades interfásicas também pode haver formação
de espuma. As espumas alimentícias podem ser definidas como uma dispersão de
glóbulos de gás, geralmente o ar, separados por uma suspensão de proteínas que
reduz a tensão superficial entre o ar e o líquido, facilitando a deformação do
segundo e assim se formam filmes estruturais em volta das gotas de ar,
prendendo-o e formando bolhas. A capacidade de uma proteína em formar espuma
refere-se à expansão de volume da dispersão proteica com a incorporação de ar
por batimento ou agitação.
Propriedades
Intermoleculares:
Nessas propriedades, as proteínas podem apresentar
diferentes conformações naturais, filamentos ou globular. Em sua maioria, as
que possuem filamentos são insolúveis nos solventes aquosos e possuem pesos
moleculares muito elevados. São formadas geralmente por longas moléculas mais
ou menos retilíneas e paralelas ao seu eixo. As globulares possuem uma
estrutura espacial mais complexa e são mais ou menos esféricas. Geralmente são solúveis
nos solventes aquosos.
O processo de formação de fibras de uma proteína engloba
variados processos como dissociação, desnaturação, orientação das moléculas,
formação de ligações cruzadas e cristalização.
Propriedades
Sensoriais:
Essa propriedade refere-se às propriedades reológicas e
estruturais do produto. Para o estudo de carnes, podem ser utilizados
instrumentos como Warner-BratzlerShear Press e Lee-Kramer Shear Press. A
avaliação da textura de um alimento é mais complexa nos alimentos sólidos, a
exemplo dos ensaios de corte, compressão, relaxação, penetração, cisalhamento,
dobramento, entre outros. Vários termos podem ser utilizados para descrição de
tais texturas. Existe uma listagem desses termos próprios para melhor definição
das propriedades de textura.
Postagem do Aluno Eric
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABNT0AE/propriedades-funcionais-das-proteinas-alimentos-proteicos
Postagem do Aluno Eric
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABNT0AE/propriedades-funcionais-das-proteinas-alimentos-proteicos
Nenhum comentário:
Postar um comentário