quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Os riscos da dieta da proteína

      Um dos equívocos da população é a busca por soluções fáceis e rápidas para perder peso, obtidas por meio de uma alimentação restritiva, ou seja, deficiente em carboidratos, lipídios e, principalmente, vitaminas e minerais. Existem vários tipos de Dieta das Proteínas, sendo as mais famosas a do Dr. Atkins , com o objetivo: a ingestão de alimentos ricos em proteínas e gorduras, cortando carboidratos de qualquer tipo. A Organização Mundial da Saúde faz sérias restrições a ingerir gordura e proteína em excesso. A recomendação mais recente é limitá-las a entre 20 e 30% das calorias diárias.

A proteína é um macronutriente formado a partir de vários aminoácidos unidos entre si. As principais fontes alimentares são de origem animal, ou seja, carnes, ovos, leite e derivados. O excesso de proteínas na alimentação, levam estas a se transformarem em  gordura, e também causam um aumento de substâncias tóxicas ao organismo, por exemplo a amônia.
        Como citado anteriormente, outro fator relevante ao analisar a dieta das proteínas, é o fato de que o  cérebro utiliza os carboidratos como fonte de energia, e, na falta destes, o  corpo promove uma série de reações, onde o pâncreas libera o hormônio glucagon,  para que este aja no tecido adiposo (na gordura depositada no organismo) e assim  no fígado este tecido é transformado em glicose. Se essa dieta queima  gordura corporal,então a promessa de emagrecer com essa dieta é verdadeira. Mas, outro problema desta dieta é que quando apenas a  gordura é utilizada é quebrada para fornecer energia para o cérebro, surgem  substâncias chamadas de corpos cetônicos no organismo e o indivíduo entra em  estado de “cetose”. Isto é, o indivíduo elimina muito destes corpos cetônicos  pela urina (cetonúria) e também pelo ar expirado o que causa um forte mau  hálito. O excesso de corpos cetônicos no organismo podem provocar intoxicação.  Além disso, a falta de glicose no organismo, em casos bem avançados, pode levar  a um coma, que ocorre com muitos diabéticos. Além de esses malefícios, comer proteínas demais pode sobrecarregar os rins.
         
Poucos dias após o início da dieta rica em proteínas, o corpo já mostra sinais de estresse: desidratação, hipoglicemia, vômitos, diarreia e dores de cabeça são os sintomas mais comuns. Mesmo assim, muitas pessoas persistem com o plano alimentar, o que aumenta o risco de novas complicações. Estudos apontam que até 59% dos indivíduos que seguem a dieta da proteína tiveram aumento dos níveis de colesterol no sangue. Além disso, outros efeitos foram observados, tais como cálculo renal, infecções recorrentes, hepatite, pancreatite aguda, osteopenia e anemia por deficiência de ferro, podendo chegar até ao óbito. 
        Deve-se considerar também, que ao fazer esse tipo de dieta restritiva, quando a pessoa volta a se alimentar normalmente pode exceder a quantidade de carboidratos  na alimentação, devido ao tempo que ficou privada destes, e acaba engordando  mais que antes da dieta. Assim, cada indivíduo possui suas hipersensibilidades alimentares, carências nutricionais, aversões e intolerâncias, devendo, portanto, haver uma dieta específica para tratar os desequilíbrios nutricionais de cada paciente. Portanto não é recomendado iniciar uma dieta sem um profissional capacitado, ele irá propor o melhor plano alimentar para você.




Postagem da Aluna Naira Lima

Fonte: https://nutricionistasjc.wordpress.com/2012/03/07/o-perigo-da-dieta-das-proteinas/



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