Dieta Restritiva: Dieta do frango, batata-doce e clara de ovo

“A ideia é consumir carboidratos com aporte de proteínas e menos gordura. Os atletas gostam, pois tem custo baixo e benefícios. Só que é preciso muitos cuidados, acompanhamento médico e identificação de quantidade de consumo – que varia de pessoa para a pessoa – para que a dieta não traga problemas renais, por exemplo”, explica o nutricionista e triatleta Fernando Loria.

A realização de dietas, como a dieta do frango, batata doce e ovo, onde há privação de nutrientes, pode levar a prejuízos na saúde do indivíduo e no rendimento do atleta. Com tais restrições, há uma indução a desidratação, degradação da massa muscular, dores de cabeça e outros males.

O objetivo de muitos que frequentam a academia é a hipertrofia muscular, em outras palavras o objetivo de muitos ali é “crescer, assim, submetem-se a uma dieta composta por clara de ovo, batata doce e frango em todas ou quase todas as refeições. Porém, há um grande risco no meio disso tudo: Quem segue esta dieta não têm a ingestão de nutrientes em níveis corretos. Indivíduos que praticam atividades físicas devem ter uma dieta balanceada em todos os nutrientes, mas isso não ocorre nesta dieta. Entende-se, por dieta balanceada, que deve haver uma diversidade de alimentos a serem consumidos.

As razões pelas quais estes alimentos são escolhidos são as seguintes:

Clara de ovo: é um alimento rico em proteínas, principalmente a albumina, relacionada com a recuperação muscular pós-treino.

Batata-doce: é considerada um alimento fonte de carboidrato complexo com baixo índice glicêmico, ou seja, quando consumida demora um tempo maior para ser digerida e lançada como glicose na corrente sanguínea, não levando a picos de insulina. Desse modo pode ser benéfica no pré-treino fornecendo energia durante a prática da atividade física, prolongando o treino do indivíduo e prevenindo a fadiga. Muitos também optam pela batata-doce como fonte de carboidrato da dieta por ela conter fibras, vitamina C e potássio.

Frango: é uma fonte de proteína de alto valor biológico, ou seja, possui todos os aminoácidos essenciais e estes aminoácidos são responsáveis pelo anabolismo muscular, principalmente pós-treino. Eles são responsáveis por atuar nas vias de sinalização muscular controlando a síntese de novas proteínas, auxiliando, assim, na recuperação das fibras que sofreram lesão.

Os alimentos escolhidos possuem suas propriedades e são importantes para aqueles que buscam um ganho de massa muscular. No entanto, uma dieta equilibrada deve conter um consumo proteico de 15 a 20% do valor energético total, sendo que esta dieta pode chegar até 75% do valor total de proteínas. Apesar das proteínas serem apontadas como um dos principais nutrientes envolvidos na recuperação muscular e ganho de massa magra, seu uso para o ganho de massa é limitado pelo organismo. Uma dieta hiperproteica pode levar a sobrecarga renal, uma vez que os produtos finais do metabolismo proteico são filtrados nos rins. Além disso, os alimentos proteicos geram resíduos que acidificam o sangue, podendo levar ao aumento do ácido úrico e perda de cálcio dos ossos.

Há uma série de malefícios nessa dieta, como, por exemplo: o consumo de gorduras inadequado. A única gordura presente aqui é a gordura saturada vinda do frango. Deve-se dar preferência ao consumo de gorduras insaturadas, presente em peixes, oleaginosas e azeite de oliva. Além da gordura ser um problema, outro problema encontrado nessa dieta é que ela possui baixo conteúdo de fibras. A ingestão de fibras provenientes de frutas, vegetais, hortaliças e cereais integrais, que agem na melhora do funcionamento intestinal, diminuição da absorção de colesterol e até auxiliando na perda de peso, uma vez que o seu consumo está associado a um maior tempo de saciedade. Há também uma deficiência de vitaminas e minerais antioxidantes como vitaminas C e E.

Por estas razões é perigoso fazer tais dietas restritivas. Quando se restringe tal alimento, certo tipo de nutriente deixa de ser ingerido e isso traz malefícios ao organismo. Quando falamos em dieta hiperproteica, uma das principais consequências negativas é a sobrecarga renal.

Para evitar tais problemas, não somente nos rins, mas no organismo como um todo deve-se manter um dieta equilibrada e sempre buscar orientação médica.

Referência:
Tua saúde

Postagem da Aluna Ana Isabela Costa