sábado, 10 de outubro de 2015

A doença de Alzheimer e as proteínas

     O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca a diminuição das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e de relação social, interferindo no comportamento e na personalidade. De inicio, o paciente começa a perder sua memória mais recente, pode até lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquece de coisas que acabaram de acontecer. Com a evolução do quadro, o Alzheimer causa um grande impacto no cotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizado, atenção e orientação.
O diagnóstico da Doença de Alzheimer continua sendo clínico, mas a diferença verificada foi à constatação de que marcadores biológicos podem auxiliar a tornar o diagnóstico da Doença de Alzheimer (DA) mais preciso. Os marcadores biológicos que passam a fazer parte da investigação clínica são o beta-amiloide e a proteína fosfo-tau. A proteína beta-amiloide, é acumulada nas placas senis, um dos marcos patológicos da doença. Essa proteína é produzida normalmente no cérebro e há evidências de que quantidades muito pequenas dela são necessárias para manter os neurônios viáveis. O problema na DA é que sua produção aumenta muito e moléculas acumulam-se como placas, levando à alteração nas sinapses.
            As beta-amiloides vêm de uma proteína maior encontrada na membrana gordurosa que envolve as células nervosas, e são formadas quando pedaços da proteína beta-amiloide que se agrupam. A beta-amiloide é quimicamente "pegajosa" e se junta aos poucos formando as placas.
As formas mais nocivas de beta-amiloide talvez sejam os grupos de pequenos pedaços do que as placas em si. Os pequenos agrupamentos podem bloquear a sinalização entre as células nas sinapses. 
Esta imagem de um microscópio de elétrons mostra uma célula com algumas regiões saudáveis e outras regiões com formação de emaranhados.

 Esta imagem de um microscópio de elétrons mostra uma célula com algumas regiões saudáveis e outras regiões com formação de emaranhados.


                           
Nas regiões saudáveis
• O sistema de transporte é organizado em filamentos paralelos ordenados como os trilhos. As moléculas de nutrientes partes de células e outros materiais essenciais viajam nesses “trilhos”.
• A proteína chamada tau ajuda os trilhos a permanecerem retos.


Em regiões com formação de emaranhados:
• A tau se converte em filamentos torcidos chamados de emaranhados.
• Os trilhos não conseguem mais se manter retos. Eles se rompem e se desintegram.
• Nutrientes e outros suprimentos essenciais não conseguem mais se movimentar através das células, que acabam morrendo.


                           A  progressão da doença no cérebro

         As placas e emaranhados (mostrados nas regiões sombreadas em azul) tendem a se espalhar por todo o córtex em um padrão previsível de acordo com o avanço da doença de Alzheimer.

A velocidade de progressão varia muito. As pessoas com Alzheimer vivem, em média, oito anos, mas algumas pessoas podem sobreviver por até 20 anos. O curso da doença depende, em parte, da idade da pessoa quando a doença foi diagnosticada e se a pessoa possui outros problemas de saúde.

• Estágio inicial de Alzheimer: as mudanças podem começar 20 anos ou mais antes do diagnóstico.
• Estágios leves a moderado de Alzheimer: indivíduos geralmente vivem de 2 a 10 anos.
• Estágio grave de Alzheimer: indivíduos podem viver de 1 a 5 anos.

           
O Alzheimer é apenas uma das várias doenças causadas por algum "defeito" nas proteínas. Iremos, aos poucos, mostrar outras patologias ocasionadas por algum problema nas proteínas..



Postagem do Aluno Eric Soares




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