quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Classificações e funções das proteínas

As proteínas podem ser classificadas conforme a sua composição, seu número e sua forma. Quando falamos em composição, são classificadas como Proteínas Simples e Proteínas Conjugadas.
As proteínas simples consistem em apenas um aminoácido. Bons exemplos de proteínas simples são a Albumina e Globulina.
Já as proteínas conjugadas, como o próprio nome sugere, são aminoácidos conjugados com um grupo prostético (aminoácido + grupo prostético).
Podemos, ainda, citar vários exemplos de proteínas conjugadas, como:
Cromoproteínas +  pigmento (grupo heme) = Hemoglobina
Fosfoproteínas + ácido fosfórico = Caseína (proteína do leite)
Lipoproteínas + lipídio = membranas celulares
Núcleoproteínas + ácido nucleico = Ribonucleoproteínas e Desoxirribonucleoproteínas


Quando se trata dos números de ligações, podemos dizer que existem proteínas monoméricas e proteínas oligoméricas.
Proteínas monoméricas são aquelas formadas por apenas uma cadeia polipeptídica. Um exemplo é a mioglobina.
Proteínas oligoméricas, por sua vez, são aquelas formadas por mais de uma cadeia polipeptídica interligadas por ligações covalentes. Como, por exemplo, a Hemoglobina.


Quando falamos da forma das proteínas, elas podem se apresentar de duas maneiras, como: Proteínas globulares e Proteínas fibrosas.


As proteínas globulares são aquelas que funcionam como catalisadoras (aceleram reações), transportadoras e reguladoras. São, ainda, como o próprio nome nos sugere, de forma esférica, com variação de tamanho e solúveis (sua solubilidade em água é relativamente alta).
Quando se fala em proteínas globulares a primeira coisa nos vem em mente são as Hemeproteínas. As Hemeproteínas são um grupo de proteínas especializadas que contêm como grupo prostético o Heme. O grupo Heme, por sua vez, é um complexo de protoprofirina IX e íon ferroso Fe2+.


Falando mais aprofundadamente, o Heme é um grupo prostético que consiste em um átomo de ferro ferroso contido no centro de um anel orgânico heterocíclico, chamado tetrapirrol ou porfirina. A presença do ferro ferroso permite a ligação do oxigênio as células sanguíneas, uma parte dele se liga a um resíduo de histidina na proteína globina e a outra a uma molécula de oxigênio.


Exemplos de Hemeproteínas são Hemoglobinas e Mioglobinas.





Apesar de pertencerem ao mesmo “grupo” de proteínas, as globulares, há diferenças entre as Hemoglobinas e as Mioglobinas.
As Hemoglobinas possuem quatro cadeias polipeptídicas,  cada uma com um grupamento heme, e estruturas primárias, secundárias, terciárias e quaternárias; É, ainda, o transportador de oxigênio para as hemácias.
Já as Mioglobinas têm apenas estruturas primárias, secundárias e terciárias; Ao contrário das Hemeproteínas, possuem apenas uma cadeia polipeptídica.
Outra diferença entre elas é o local onde geralmente se encontram: As Hemoglobinas estão presentes no sangue, enquanto as Mioglobinas estão nas fibras musculares.

A mioglobina, como podemos observar na imagem, apresenta apenas um grupo Heme.
Já a hemoglobina, apresenta quatro grupos Heme. Podemos observar ainda as quatro cadeias polipeptídicas. 
 


A Mioglobina é uma molécula compacta, sua hemeproteína está presente nos músculos esqueléticos e também no coração. Tem apenas uma cadeia polipeptídica.
As Hemoglobinas são encontradas nos eritrócitos e são composta por duas cadeias alfa e duas cadeias beta, unidas por interações não covalentes.  
Mudanças estruturais podem levar a oxigenação ou a desoxigenação. Falamos que podem ficar na forma R e T (oxigenada e desoxigenada, respectivamente).


O oxigênio, então, pode se ligar tanto a hemoglobina quanto a mioglobina, no entanto, há diferenças nessas ligações: Por haver apenas um grupo heme nas miglobinas, elas poderão ligar-se com apenas uma molécula de oxigênio. Já a hemoglobina, por ter quatro grupos, pode se ligar com quatro moléculas de oxigênio.


Há fatores que podem influenciar essa ligação do entre hemoglobina e oxigênio, como:
A pressão do próprio oxigênio;
pH do ambiente;
Pressão do gás carbônico;
Disponibilidade de 2,3-bifosfoglicerato.


Além das proteínas globulares, existe também, como já dito acima, outro tipo de proteínas: as Proteínas Fibrosas. São proteínas com função estrutural, apresentam-se em forma cilíndrica longa e são pouco solúveis em água. Existem vários tipos, mas a queratina, o colágeno, a elastina e a tropomiosina são ótimos exemplos. São encontradas nas córneas, esclera (parte branca dos olhos), pele, dentre outras partes.


Colágeno: o tipo de proteína mais abundante e importante em nosso corpo. Responsável pela resistência e pela forma dos tecidos do nosso corpo. Existem mais de vinte tipos desta proteína.


Elastina: É uma proteína do tecido conectivo com propriedades semelhantes a borracha. Dá aos tecidos a capacidade de se esticarem sem que se rompam. Além disso, é quase insolúvel em água. Encontram-se nos pulmões, na pele, nas artérias e também nos ligamentos.


 
Ou seja, as proteínas são indispensáveis ao nosso organismo, por exercem funções fundamentais.

Referências: 
Princípios de bioquímica de Lehninger.


Postagem da Aluna Ana Isabela Costa




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